terça-feira, 7 de abril de 2009

LIVROS E ENSINO


Desidério Murcho, Filósofo

Público, 07.04.2009


Nas sociedades pré-literárias transmite-se oralmente tudo o que as novas gerações precisam de saber para enfrentar o seu meio social e natural, o que implica uma indistinção entre facto e fantasia, e o desprezo pela precisão e pelo rigor. Fala-se do que se ouviu falar, sem conhecimento das coisas, e despreza-se o trabalho intelectual cuidadoso, porque se vê toda a comunicação sob o modelo da comunicação oral de historietas e balelas, que servem para passar o tempo. Talvez porque a sociedade portuguesa é parcialmente préliterária - à parte o poemazinho fácil, o romance morno e em geral o que se pode escrever nos intervalos da novela - a importância dos livros de qualidade para o ensino de excelência tende a ser esquecida.

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